segunda-feira, 1 de julho de 2019

A morte do bom cristão e a morte do pecador

A Igreja Católica Apostólica Romana sempre utilizou métodos lúdicos, como forma de evangelizar. A exemplo disto, , encontramos gravuras de catequese antiga, representando o fim último do homem:

1- A Morte do Bom cristão: retratava um homem enfermo que chegou ao fim da sua vida terrena, no qual durante ela, sempre foi temente a Deus, obediente a religião, assíduo nos sacramentos, seguidor da fé e respeitador da família; está recebendo o sacramento da extrema unção. Na gravura vemos também o anjo consolador apontando o caminho do céu, representando a amizade com Deus, daquele justo que está em seus últimos momentos.


2- A Morte do Pecador: mostra um homem que afastou-se das virtudes religiosas e familiares, caindo no pecado do adultério e na mundanidade.
Podemos observar o horror no semblante do moribundo, vemos a representação dos demônios eufóricos ao ver que ganharam mais uma alma para o inferno, e o anjo que cobre a face em sinônimo de tristeza, devido a perdição eterna de uma alma.


Essas gravuras, também chamadas por alguns, como pinturas do "Bem casado" e do "Mal casado", possuíam espaço na Igreja Matriz de Araruna, situavam-se em suas paredes internas, em 2 molduras.
Após a reforma de 2000, com a colocação de placas, as molduras perderam espaço e até onde se sabe, desapareceram.
As gravuras exemplificadas, eram idênticas as da matriz, porém em proporções menores, pertenciam ao senhor Antônio Almeida Laurentino, que doou ao Museu Municipal José Amâncio Ramalho, no Mercado Cultural.
Fica nítido nas pinturas, que a igreja também procurava causar temor aos possíveis pecadores, como forma de não desvirtuar dos ensinamentos da religião.
Nesta pesquisa agradeço importante colaboração do ararunense radicado em São Paulo, Rivaildo Santos.
Por: Wellington Rafael