Situada no Parque Ecológico Estadual da Pedra da Boca, vizinho ao Sítio Água Fria, no município de Araruna-PB, a Pedra da Caveira faz parte de um complexo rochoso de composição granítica porfirítica, possuindo vestígios de gnaisses e quartzitos apresentando umas faces arredondadas, assim como as demais rochas do parque.
Assim como muitas pedras famosas no parque ecológico, a Pedra da Caveira chama atenção, por seus formatos distintos, que impressionam quem a vê. Porém esta denominação “Pedra da Caveira” é recente, antes moradores de Araruna e arredores a conheciam por “Pedra do Anselmo”, pois, havia um senhor chamado Anselmo, morador da Água Fria, que praticamente morava na rocha. Contam os habitantes do povoado local, incluído na área do parque ecológico, que o Senhor Anselmo passou quase que toda sua vida subsistindo nas proximidades da rocha, se alimentando, dormindo e tendo praticamente todas as suas atividades normais nela, como se fosse sua verdadeira casa. Mesmo após a morte deste homem já bem idoso, tendo mais menos uns 80 anos de idade, o local já estava batizado empiricamente pelas pessoas como “A Pedra do Anselmo”.
Com a criação do Parque Estadual da Pedra da Boca no ano 2000, e o incremento da atividade turística na região e o falecimento do Anselmo que os visitantes novos não conheceram, a rocha teve sua denominação praticamente rebatizada, pois realmente aparenta aos que tem imaginação, características que se aproximam a uma face humana, com boca, olhos e nariz, mais precisamente a um crânio. Esta rocha que é uma das mais famosas do Parque, de Araruna e por não dizer da Paraíba, fica lado a lado com a majestosa Pedra da Boca que empresta o nome ao Parque.
Embora o Senhor Anselmo já tenha falecido, e a rocha seja conhecida por outro nome, é impossível aos habitantes do local não associá-lo a rocha, mesmo depois de sua morte, alguns chegam até a dizer que a rocha possuí a face do Anselmo, e que sua alma circunda a Pedra da Caveira, assombrando quem se aproxima de seu lugar preferido no mundo, onde lá morava, lá pensava, lá sonhava.
Wellington Rafael
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