A Maquiné representa um belo conjunto arquitetônico composto pela casa-grande, capela, armazém, senzala e casa dos moradores, sendo a capela a edificação mais antiga da fazenda, herdada pela viúva de Targino Pereira da Costa, Dona Jesuína Paula d’Assumpção, tendo seu filho Francisco Targino da Costa, que se ordenara padre o gesto da construção da capela em 1897, que tem como santos padroeiros Nossa Senhora do Bom Socorro e São Francisco de Assis.
O Antigo Maquiné era o local das reuniões dos famosos barões de Araruna, que eram a classe mais abastada da cidade, a chamada “nata” da sociedade ararunense a época. Contam os mais antigos que na fazenda existia escravidão, e que ainda hoje se pode achar no interior da casa-grande, instrumentos de tortura dos escravos. Além das histórias de assombrações que circundam o local nos até os dias atuais, de onde se falam que existiria por perto nos arredores da fazenda um antigo cemitério, e que as almas dos mortos assombram a fazenda.
Infelizmente a antiga Fazenda Maquiné carece de um plano de políticas públicas, voltadas à preservação do patrimônio histórico de Araruna, como um possível tombamento e reforma das edificações, que serviria de ação para a implantação de mais uma ramificação e atração turística para o município, ao invés disso, temos como visitantes apenas marimbondos e morcegos que infestam o local.
Atualmente a fazenda está em nome de propriedade pertencente ao Sr. Durval Falcão, esposo da Srª Maud Targino Falcão, bisneta de Targino Pereira da Costa, que embora das várias décadas de desuso ainda se apresentam em um estado até bem vistoso, e um estado de conservação surpreendente, que torçamos que dure muito, até que se tomem iniciativas que salvem este patrimônio do município, que onde há muitas reminiscências que ainda permanecem vivas, voando ao vento e ao relento de Araruna.
Wellington Rafael
Wellington Rafael