Araruna é um município de
quase 20 mil habitantes, apresenta uma rica história desde sua fundação aos
tempos atuais, presenteada pela natureza, por suas belas formas suntuosas no
relevo, clima ameno, e uma gente hospitaleira e agradável, normalmente é
assim que a cidade é retratada, mas até que ponto esta afirmativa seria verdadeira?
Se pensarmos no contexto
histórico/social/econômico da região Nordeste e do estado da Paraíba, sobretudo
nas pequenas cidades interioranas, observamos que na realidade esta paz e este
sentimento de querer bem ao lugar e as pessoas em geral não é verdadeiro. O que
existe mesmo é um egoísmo exacerbado, que corrói e macula a integridade das
pessoas em geral.
Exemplo gritante do que me
refiro observei no dia 25/04/2012, durante uma manifestação da população
ararunense contra os péssimos serviços prestados pela CAGEPA (Companhia de Água
e Esgotos da Paraíba), a causa era justa: a falta de água. Realmente ela assola nosso
município e os vizinhos, porém lamento que não foi o espírito de melhorias para
a comunidade como um todo que estava em jogo, e sim os jogos de interesses,
onde o “EU” vale mais do que o “todo mundo”.
Não generalizando obviamente
o sentimento da população de Araruna no clamor por água, mas é necessário
admitirmos que em nossa cidade NÂO EXISTE o sentimento de solidariedade com o
próximo, a maioria das pessoas que estavam na manifestação sentiam na pele os
problemas da falta de água e da injustiça em ter que pagar as contas por algo
que não se recebe com qualidade, porém o “EU particular” de cada um estava ali, e não o “Eu coletivo”, não o “Eu Araruna”, o porquê disso? Ora, as pessoas
estão preocupadas demais com seus próprios problemas para poder pensar no bem
comum.
O egoísmo e a mesquinharia
por parte de segmentos da sociedade ararunense é tão forte, que certamente
podemos afirmar que os problemas que engendram nosso município, vêm justamente
desse “Eu particular” que sangra continuamente as chances de uma cidade melhor,
com mais dignidade, onde o “eu quero”, o “eu posso”, está acima da Araruna melhor
para todos. Não sou leviano ao afirmar também, que grande parte dos que lerem
essa modesta manifestação, contribuem para com tudo isso, quando em diversos
momentos do desenrolar social acabamos por pensar em nós e não em algo maior.
Seria isso tudo culpa dos políticos de Araruna? Da situação? Da oposição? SIM, certamente de todos eles, porém participação grande da culpa também é nossa. Acontece que o povo dito hospitaleiro, agradável e de paz de Araruna, em sua esmagadora maioria, quando pode fazer sua parte e dar sua contribuição por um lugar melhor para todos fazem diferente. Nas campanhas políticas, nos dividimos como bichos, por cores, números e famílias, não seriamos todos nós de Araruna?
Vendemos nossas consciências durante o direito do voto (não generalizando claro), não pensamos no bem da cidade, no que de fato poderíamos fazer e cobrar para a cidade melhorar, o egoísmo a hipocrisia é tão grande e feroz em Araruna, que da mesma forma que nos dividimos nos bichos, nas cores, nos números e nas famílias, nos juntamos com os que antes éramos ferrenhos adversários e agora passamos a ter novas posturas, quem era bom agora se torna ruim, quem é ruim agora se torna bom. Será que a mudança de opinião veio pelo sentimento de querer bem a sua cidade pensando no bem de todos? Não, infelizmente essa mudança vem por que novamente o “Eu particular” falou mais alto, e a mudança vem por barganha política e interesses pessoais.
Muitos se aproveitam de situações para se engrandecerem, como foi o que ocorreu no ato de manifestação da água, pelo bem de todos. O que mais me enoja em nossa sociedade, além dos atos dos que só pensam apenas em si mesmos, é a omissão daqueles que se calam. Estes que se calam são muitas vezes universitários, professores, enfermeiros, comerciantes, vereadores, um contexto grande de pessoas, que ao se calarem permitem que as coisas continuem seguindo de forma atrasada e acanhada, e o progresso demore e demore muito a ter notícias de Araruna, certamente estes que se calam, muitas vezes fazem parte destes que, assim como a maioria egoísta, não pensa no bem comum.
É nesta hora que a nossa consciência dói (não de todos claro), e percebemos que nós mesmos atrasamos nossa cidade, e que ao pensarmos apenas no “Eu” e no “Meu”, deixamos caminho livre para os abutres que não tem consciência para amargar pisarem por cima do sofrimento de muitos, e que pelos muitos é também cultivado.Araruna tem um povo forte, sofredor e trabalhador, e estas dificuldades vêm da omissão dos políticos (TODOS ELES) que prestam favores aos corruptos eleitores que se vendem, e por aqueles que podem fazer diferente, mas já estão corrompidos também neste sistema que valoriza apenas a cultura do “Eu”.
Esta é a realidade da sociedade de Araruna, mas não só dela, e sim uma realidade comum a todas as cidades atrasadas nos pensamentos e nas ações. Acordemos e mudemos nossas posições, para não acabarmos fazendo irônicas manifestações, onde até no justo nos tornamos injustos, além de escravos do nosso próprio orgulho e do nosso egoísmo, coloquemos o sentimento de querer bem a nossa família, nossos amigos, a nossos vizinhos e a nosso lugar em primeiro plano, que o cidadão "Eu integro" aparecerá. Só assim, teremos uma Araruna de paz verdadeira, justa para TODOS.
Seria isso tudo culpa dos políticos de Araruna? Da situação? Da oposição? SIM, certamente de todos eles, porém participação grande da culpa também é nossa. Acontece que o povo dito hospitaleiro, agradável e de paz de Araruna, em sua esmagadora maioria, quando pode fazer sua parte e dar sua contribuição por um lugar melhor para todos fazem diferente. Nas campanhas políticas, nos dividimos como bichos, por cores, números e famílias, não seriamos todos nós de Araruna?
Vendemos nossas consciências durante o direito do voto (não generalizando claro), não pensamos no bem da cidade, no que de fato poderíamos fazer e cobrar para a cidade melhorar, o egoísmo a hipocrisia é tão grande e feroz em Araruna, que da mesma forma que nos dividimos nos bichos, nas cores, nos números e nas famílias, nos juntamos com os que antes éramos ferrenhos adversários e agora passamos a ter novas posturas, quem era bom agora se torna ruim, quem é ruim agora se torna bom. Será que a mudança de opinião veio pelo sentimento de querer bem a sua cidade pensando no bem de todos? Não, infelizmente essa mudança vem por que novamente o “Eu particular” falou mais alto, e a mudança vem por barganha política e interesses pessoais.
Muitos se aproveitam de situações para se engrandecerem, como foi o que ocorreu no ato de manifestação da água, pelo bem de todos. O que mais me enoja em nossa sociedade, além dos atos dos que só pensam apenas em si mesmos, é a omissão daqueles que se calam. Estes que se calam são muitas vezes universitários, professores, enfermeiros, comerciantes, vereadores, um contexto grande de pessoas, que ao se calarem permitem que as coisas continuem seguindo de forma atrasada e acanhada, e o progresso demore e demore muito a ter notícias de Araruna, certamente estes que se calam, muitas vezes fazem parte destes que, assim como a maioria egoísta, não pensa no bem comum.
É nesta hora que a nossa consciência dói (não de todos claro), e percebemos que nós mesmos atrasamos nossa cidade, e que ao pensarmos apenas no “Eu” e no “Meu”, deixamos caminho livre para os abutres que não tem consciência para amargar pisarem por cima do sofrimento de muitos, e que pelos muitos é também cultivado.Araruna tem um povo forte, sofredor e trabalhador, e estas dificuldades vêm da omissão dos políticos (TODOS ELES) que prestam favores aos corruptos eleitores que se vendem, e por aqueles que podem fazer diferente, mas já estão corrompidos também neste sistema que valoriza apenas a cultura do “Eu”.
Esta é a realidade da sociedade de Araruna, mas não só dela, e sim uma realidade comum a todas as cidades atrasadas nos pensamentos e nas ações. Acordemos e mudemos nossas posições, para não acabarmos fazendo irônicas manifestações, onde até no justo nos tornamos injustos, além de escravos do nosso próprio orgulho e do nosso egoísmo, coloquemos o sentimento de querer bem a nossa família, nossos amigos, a nossos vizinhos e a nosso lugar em primeiro plano, que o cidadão "Eu integro" aparecerá. Só assim, teremos uma Araruna de paz verdadeira, justa para TODOS.
Wellington Rafael